terça-feira, 8 de outubro de 2013

Velho amor.

Não sei como você tem passado e nem se eu ainda existo em você – se é que algum dia eu tenha existido. Me lembro da primeira vez em que te vi. Seus olhos estavam escondidos pelos seus cabelos e sua boca escondia seus dentes e sorrisos. Você me encantou, me apaixonou logo de início. Eu nunca tinha sentido nada daquilo antes. Era tudo tão novo quanto nós. Eram contáveis as vezes em que meus olhos tinham encontrado com os seus e em cada uma delas eu te amei um pouco mais. Você era como um sonho bom, raro, um amor gostoso de sentir. Era meu frio na barriga em cada abraço e minha saudade reprimida em cada adeus. E eu nunca te falei desse amor com verdade! Não sei exatamente quem é você, mas em mim é a pessoa mais linda no mundo. Com todos esses erros e ausências e faltas. Você foi o melhor amor que tive – em cada encontro e em cada partida. Eu sei que ainda vamos nos reencontrar, reinventar e recriar esse amor. Sei que não terminou naquela tarde de sol em que eu queria ter dito tanta coisa e tive medo de me arrepender, medo de te perder e te perdi. Então me agarrei à solidão e te trouxe em mim.